Sobre o Blog

O Tao, o Zen, Deus (as coisas sobre as quais mais vamos tratar neste espaço) é/são simples. É a maior simplicidade. É a mais pura ignorância (ignorância na forma que a conhecemos).
Com uma linguagem e um pensamento muito elaborado jamais o/os alcançaremos. Aliás, jamais os alcançaremos com a linguagem.
É a mais pura experiência. Inacessível ao ser humano enquanto a experiência passar/for filtrada pela linguagem.
Como os textos vão carregar um pensamento desenvolvido (ou seja, ignorante num sentido de cegar para a simplicidade), mesmo que a forma de escrita às vezes seja culta, as discussões que forem tratadas aqui não devem ser entendidas como iluminações do autor (mas podem ser também).

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Gratidão

Gratidão é vagar no espaço, à deriva, e achar que isso é bom!
É não ter chão e saber que nada depende do eu, e o que veio é uma dádiva; e se não vier, não sentir que falta.
É estar seguro num barco sem remo no meio do oceano.
É entregar tudo nas mãos de ninguém e somente saber que nada sabe.
Gratidão não é "obrigado", porque você não deve nada por isso!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Aceitar Jesus é aceitar a si mesmo


Uma vez o verbo me disse: “quando aceitar quem é, irá se surpreender”. Achei que estava falando dos sintomas, do sofrimento provocado pelas confusões da psique.

Somos parte integrante da Totalidade Consciente. Mas se é Totalidade, como Pode haver parte? É que nossa consciência emergiu desse Todo para experienciar a individualidade no dualismo.
Acontece que ainda estamos ligados com a Fonte, a Consciência Una, o Espírito Santo; por isso, diz-se que o Espírito Santo habita em nós: somos Ele. É como um filete de uma fonte de água, cada consciência individualizada é como um pote que recebe incessantemente água da fonte.
O Espírito Santo é impessoal, ou seja, ele não está individualizado, é a Consciência Holus-Presente.
Ele nos habita, é o “impessoal em mim”, a parte que fala em mim, que me convoca, que me perturba, mas que eu não reconheço como sendo integrante do Ego. Na psicanálise, é o “isso” ou “id”: nem eu, nem tu, nem ele.
Por estamos ligados à fonte, recebemos influência, mensagem, sentimentos, intuição. Quanto mais alinhados com o Todo, mais fidedigna é a mensagem.
Quando não estamos alinhados a Deus, ainda assim sentimos sua mensagem, porém como um incômodo, cutucões, inquietações. Ta realmente chamando sua atenção para questões que não são as que você deseja realmente ir em seu interior.
Quando consegue enfim se dar conta, descobrir e compreender esse chamado, sente a Paz, o Amor, o Lar. Essa Paz e esse Amor é impessoal, por isso parece que vem de uma fonte externa. O Ego não se reconhece enquanto criador da experiência.
O Ego aprende que não deve esperar nada de uma fonte externa, que a Resposta está em você. Por isso quando o Ego sente essa Paz, goza de um grande alívio, mas a rejeita pois não se reconhece nEla.
E de fato realmente não o é, a Paz vem da Consciência Maior, do Eu Superior.

Quando se diz aceitar Jesus é isso, é aceitar a si mesmo. Aceitar que o Ego não é o criador da Paz, mas que pode alinhar-se à vibração do Todo para que possa vibrar em Paz.

Eis a surpresa da auto-aceitação. Duas surpresas: a primeira, que Eu Sou aquilo que eu achava que eu não era e não-sou aquilo que eu achava que era. A segunda e principal: Eu Sou a Paz!