Sobre o Blog

O Tao, o Zen, Deus (as coisas sobre as quais mais vamos tratar neste espaço) é/são simples. É a maior simplicidade. É a mais pura ignorância (ignorância na forma que a conhecemos).
Com uma linguagem e um pensamento muito elaborado jamais o/os alcançaremos. Aliás, jamais os alcançaremos com a linguagem.
É a mais pura experiência. Inacessível ao ser humano enquanto a experiência passar/for filtrada pela linguagem.
Como os textos vão carregar um pensamento desenvolvido (ou seja, ignorante num sentido de cegar para a simplicidade), mesmo que a forma de escrita às vezes seja culta, as discussões que forem tratadas aqui não devem ser entendidas como iluminações do autor (mas podem ser também).

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Aceitar Jesus é aceitar a si mesmo


Uma vez o verbo me disse: “quando aceitar quem é, irá se surpreender”. Achei que estava falando dos sintomas, do sofrimento provocado pelas confusões da psique.

Somos parte integrante da Totalidade Consciente. Mas se é Totalidade, como Pode haver parte? É que nossa consciência emergiu desse Todo para experienciar a individualidade no dualismo.
Acontece que ainda estamos ligados com a Fonte, a Consciência Una, o Espírito Santo; por isso, diz-se que o Espírito Santo habita em nós: somos Ele. É como um filete de uma fonte de água, cada consciência individualizada é como um pote que recebe incessantemente água da fonte.
O Espírito Santo é impessoal, ou seja, ele não está individualizado, é a Consciência Holus-Presente.
Ele nos habita, é o “impessoal em mim”, a parte que fala em mim, que me convoca, que me perturba, mas que eu não reconheço como sendo integrante do Ego. Na psicanálise, é o “isso” ou “id”: nem eu, nem tu, nem ele.
Por estamos ligados à fonte, recebemos influência, mensagem, sentimentos, intuição. Quanto mais alinhados com o Todo, mais fidedigna é a mensagem.
Quando não estamos alinhados a Deus, ainda assim sentimos sua mensagem, porém como um incômodo, cutucões, inquietações. Ta realmente chamando sua atenção para questões que não são as que você deseja realmente ir em seu interior.
Quando consegue enfim se dar conta, descobrir e compreender esse chamado, sente a Paz, o Amor, o Lar. Essa Paz e esse Amor é impessoal, por isso parece que vem de uma fonte externa. O Ego não se reconhece enquanto criador da experiência.
O Ego aprende que não deve esperar nada de uma fonte externa, que a Resposta está em você. Por isso quando o Ego sente essa Paz, goza de um grande alívio, mas a rejeita pois não se reconhece nEla.
E de fato realmente não o é, a Paz vem da Consciência Maior, do Eu Superior.

Quando se diz aceitar Jesus é isso, é aceitar a si mesmo. Aceitar que o Ego não é o criador da Paz, mas que pode alinhar-se à vibração do Todo para que possa vibrar em Paz.

Eis a surpresa da auto-aceitação. Duas surpresas: a primeira, que Eu Sou aquilo que eu achava que eu não era e não-sou aquilo que eu achava que era. A segunda e principal: Eu Sou a Paz!

2 comentários:

PH disse...

Rapaz, antes eu acreditava q a mensagem d Cristo era somente isso. Na verdada, aceitar se refere a reconhecê-lo como alguém q morreu na cruz para morrer por nossos pecados. Isso não é para julgamento, mas para q a Vida se manifeste em nós e q possamos viver em liberdade, não mais pela Lei. Assim, biblicamente, seja pertencente a credo q for (portanto não sou eu quem digo, embora muitas partes em isolado possam produzir inúmeras interpretações) isso não é uma simbologia referente ao EGO. D todo modo, concordo com o fato d aceitarmos a nós mesmos e d Deus estar e ser em nós. Porém, não sou holista ou, cientificamente, spinozista (influência judaica, não do cristianismo) ou qlqr outra coisa do tipo. Qndo se fala em morrer POR alguém, interpretamos esse fato como um peso produzido pelo cristianismo, o gerar d uma culpa. Na verdade não é nada disso.

O seu texto está bem legal, cara. Concordo sobre viver uma vida em Paz, porém não acho q esse amor é uma condição d encontro com nós mesmos... Sei q o q tu coloca é uma compreensão sua, agora coloco a minha. Espero ter contribuído. ;)
Abraços.

Breno Volpini disse...

PH, grato pela sua colaboração! Prezo muito seu trabalho em compartilhar sua compreensão =]

Mas é isso, compreensão são apenas manifestações da linguagem.
Se o discurso produz a "Paz em mim", o "amor em mim", então encontrei a "Minha Verdade".

Tu és o Dono de Tua Verdade!

Mas a Paz não é dizível nem nomeável!
Então é o que nos Une!

Paz, Amor e Luz!