Uma
vez o verbo me disse: “quando aceitar quem é, irá se surpreender”. Achei que
estava falando dos sintomas, do sofrimento provocado pelas confusões da psique.
Somos
parte integrante da Totalidade Consciente. Mas se é Totalidade, como Pode haver
parte? É que nossa consciência emergiu desse Todo para experienciar a individualidade
no dualismo.
Acontece
que ainda estamos ligados com a Fonte, a Consciência Una, o Espírito Santo; por
isso, diz-se que o Espírito Santo habita em nós: somos Ele. É como um filete de
uma fonte de água, cada consciência individualizada é como um pote que recebe
incessantemente água da fonte.
O
Espírito Santo é impessoal, ou seja, ele não está individualizado, é a Consciência
Holus-Presente.
Ele
nos habita, é o “impessoal em mim”, a parte que fala em mim, que me convoca,
que me perturba, mas que eu não reconheço como sendo integrante do Ego. Na psicanálise,
é o “isso” ou “id”: nem eu, nem tu, nem ele.
Por
estamos ligados à fonte, recebemos influência, mensagem, sentimentos, intuição.
Quanto mais alinhados com o Todo, mais fidedigna é a mensagem.
Quando
não estamos alinhados a Deus, ainda assim sentimos sua mensagem, porém como um incômodo,
cutucões, inquietações. Ta realmente chamando sua atenção para questões que não
são as que você deseja realmente ir em seu interior.
Quando
consegue enfim se dar conta, descobrir e compreender esse chamado, sente a Paz,
o Amor, o Lar. Essa Paz e esse Amor é impessoal, por isso parece que vem de uma
fonte externa. O Ego não se reconhece enquanto criador da experiência.
O
Ego aprende que não deve esperar nada de uma fonte externa, que a Resposta está
em você. Por isso quando o Ego sente essa Paz, goza de um grande alívio, mas a
rejeita pois não se reconhece nEla.
E
de fato realmente não o é, a Paz vem da Consciência Maior, do Eu Superior.
Quando
se diz aceitar Jesus é isso, é aceitar a si mesmo. Aceitar que o Ego não é o criador
da Paz, mas que pode alinhar-se à vibração do Todo para que possa vibrar em
Paz.
Eis
a surpresa da auto-aceitação. Duas surpresas: a primeira, que Eu Sou aquilo que
eu achava que eu não era e não-sou aquilo que eu achava que era. A segunda e
principal: Eu Sou a Paz!
2 comentários:
Rapaz, antes eu acreditava q a mensagem d Cristo era somente isso. Na verdada, aceitar se refere a reconhecê-lo como alguém q morreu na cruz para morrer por nossos pecados. Isso não é para julgamento, mas para q a Vida se manifeste em nós e q possamos viver em liberdade, não mais pela Lei. Assim, biblicamente, seja pertencente a credo q for (portanto não sou eu quem digo, embora muitas partes em isolado possam produzir inúmeras interpretações) isso não é uma simbologia referente ao EGO. D todo modo, concordo com o fato d aceitarmos a nós mesmos e d Deus estar e ser em nós. Porém, não sou holista ou, cientificamente, spinozista (influência judaica, não do cristianismo) ou qlqr outra coisa do tipo. Qndo se fala em morrer POR alguém, interpretamos esse fato como um peso produzido pelo cristianismo, o gerar d uma culpa. Na verdade não é nada disso.
O seu texto está bem legal, cara. Concordo sobre viver uma vida em Paz, porém não acho q esse amor é uma condição d encontro com nós mesmos... Sei q o q tu coloca é uma compreensão sua, agora coloco a minha. Espero ter contribuído. ;)
Abraços.
PH, grato pela sua colaboração! Prezo muito seu trabalho em compartilhar sua compreensão =]
Mas é isso, compreensão são apenas manifestações da linguagem.
Se o discurso produz a "Paz em mim", o "amor em mim", então encontrei a "Minha Verdade".
Tu és o Dono de Tua Verdade!
Mas a Paz não é dizível nem nomeável!
Então é o que nos Une!
Paz, Amor e Luz!
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