Sobre o Blog

O Tao, o Zen, Deus (as coisas sobre as quais mais vamos tratar neste espaço) é/são simples. É a maior simplicidade. É a mais pura ignorância (ignorância na forma que a conhecemos).
Com uma linguagem e um pensamento muito elaborado jamais o/os alcançaremos. Aliás, jamais os alcançaremos com a linguagem.
É a mais pura experiência. Inacessível ao ser humano enquanto a experiência passar/for filtrada pela linguagem.
Como os textos vão carregar um pensamento desenvolvido (ou seja, ignorante num sentido de cegar para a simplicidade), mesmo que a forma de escrita às vezes seja culta, as discussões que forem tratadas aqui não devem ser entendidas como iluminações do autor (mas podem ser também).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O que não sabemos do que não somos.

Um dia seremos mais, mais que essa selva de gente que só pensa em trabalhar, sobreviver e morrer. Mais que pessoas sem propósito, cujo despropósito é resultado do propósito de subir em algo que não levará a nada. Mais que pessoas contentes com um artefato novo, com um tapinha nas costas de algum desconhecido que damos valor.

E o que nós somos fora desse mundo de gente selvagem que se veste estranho, se pinta, se disfarça pra ficar mais atraente? O que nós somos fora desse mundo? O que nós somos dentro de nós mesmos?

No mais íntimo do nosso pensamento brilha mais que uma estrela, mais que uma esperança, brilha a vontade de se libertar dessas amarras que permitimos apertar cada vez mais a cada passo bem sucedido dado em nossas vidas.

Viver bem é domar essa fera interior, fazê-la pouco aparente, até mesmo para nós mesmos. Porque quanto mais sentimos quem somos, mais angustiados e triste ficamos com nós mesmos (e achamos que estamos tristes com os outros, com o mundo).

O ser humano é feroz, é selvagem, é cruel, nós somos seres humanos e é isso que faz com que ao entrarmos em contato com o que somos fiquemos nessa aflição. O espelho da nossa alma mostra quem somos, por isso preferimos ficar cegos e inertes. Inertes... insensíveis e invisíveis. Quanto menos somos vistos menos nos cobramos, pois cobramos de nós mesmos o que acreditamos que os outros cobram de nós. Alguns até dizem "eu não, eu sou autêntico e diferente da sociedade", mas são iguais a outros de seu convívio social. Deus o livre de desagradar esse grupo, por mais que agradando a este a sociedade como um todo se sinta ofendida.

E o que somos então? Poeira, somos poeira, em todas nossas crenças um dia morreremos e não sabemos quem somos, mesmo que tenhamos vivido 200 anos, 300... 1000! Um dia voltamos para aprender denovo.

Não é em tom de revolta que posto essas palavras, mas apenas uma constatação interior de uma observação de mim mesmo. Perdão eu peço àqueles que sentem que não se encaixam nisso, que são mais donos de si, mais racionais e descrentes. Essa é uma auto-análise, uma auto-perspectiva que resolvi ampliar sabe lá pra quê, quase ninguém lê isso aqui. hehe

Obrigado pela atenção dos que leram, de qualquer maneira!

Votos sinceros de paz e luz!

Vitor Adrien

3 comentários:

Vitor Adrien disse...

Obs.: Por "isso aqui" eu me referia ao meu perfil de orkut, essa era pra ser uma descrição de perfil que ficou um pouco longa e eu aproveitei pra inserir no blog.

Fukuda de Abadá disse...

Na parte q vc fala sobre viver benm eu fiquei perdido.
Viver bem seria tornar-se algo como um "cidadão de bem" e reprimir o que somos?

Vitor Adrien disse...

Engraçado vc tocar no termo "cidadão de bem", que é justamente aquele que é nacionalista e apóia o uso de armas (além de serem contra a lei seca - ou seja, acham correto beber e dirigir). Eu me referia ao não viver constantemente atormentado pelo pensamento de que você é igual aos outros e lembrando sempre que os outros destroem, matam, abusam e escravizam. É um sentimento contraditório, ser igual os outros pra não se perceber igual aos outros (acho que tô complicando mais do que estava no texto antes).