Sobre o Blog

O Tao, o Zen, Deus (as coisas sobre as quais mais vamos tratar neste espaço) é/são simples. É a maior simplicidade. É a mais pura ignorância (ignorância na forma que a conhecemos).
Com uma linguagem e um pensamento muito elaborado jamais o/os alcançaremos. Aliás, jamais os alcançaremos com a linguagem.
É a mais pura experiência. Inacessível ao ser humano enquanto a experiência passar/for filtrada pela linguagem.
Como os textos vão carregar um pensamento desenvolvido (ou seja, ignorante num sentido de cegar para a simplicidade), mesmo que a forma de escrita às vezes seja culta, as discussões que forem tratadas aqui não devem ser entendidas como iluminações do autor (mas podem ser também).

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Deus é Ação

Fico pensando nas sensações que temos: prazer, dor, tato, espirituais.. e vou entendendo que são energias em movimento, energias passando.
Não há a dor, não como um ser. A dor não está ali, nem como ser abstrato. Há o doer. Não o nome, só o verbo.
Reter a experiência provoca frustração, angústia e pode até "estragar" o momento. Se se tenta reter o prazer para gozar por mais tempo, não se obtém uma satisfação plena; ou se tentar reter a dor para não a sentir, o sofrimento será maior. É deixar ir, deixar fluir.
Nem querer evitar a dor evitando a aversão, nem reter o prazer exercitando o desapego.

Isso me lembra de momentos em que as pessoas, ateus ou não, falam que não há um Deus, não há um ser que seja deus.
Bom, faz sentido na medida em que entendemos que Deus é ação.
"No princípio era o Verbo". Verbo se refere a ação. Ou seja, no princípio era Ação.
Deus é Ação.

Na religião de Krisna (o verbo), a Kharma Yoga (Kharma no sentido de ação e não de punição por um erro) diz da ação. O caminho pela Ação: vamos agir e entregar a Deus, como um sacrifício (sacro ofício, aprendi isso com Vitor Adrien!); sem reclamar para nós o produto da nossa ação.

No espiritismo, o livro de Kardec prega a caridade, que é explicada como ajudar o outro sem esperar nada em troca.

Deus é Amor!, e não paixão. Amor é estar aberto às experiências, sem aversão nem apego.
Paixão, de pathos (doença), é se apegar a uma experiência e entrar num processo de reproduzí-l, querer sempre ressentir e achar que só aquilo é o bom.
Deus é amor, é fluidez, é energia em trânsito; ou seja:
Deus é Ação!

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas se Deus é ação, amor e fluidez Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe ação, amor e fluidez;

Breno Volpini disse...

É! O nome é só uma ferramenta.
Chamei Deus pra me fazer entender sobre o que dizia.