Sobre o Blog

O Tao, o Zen, Deus (as coisas sobre as quais mais vamos tratar neste espaço) é/são simples. É a maior simplicidade. É a mais pura ignorância (ignorância na forma que a conhecemos).
Com uma linguagem e um pensamento muito elaborado jamais o/os alcançaremos. Aliás, jamais os alcançaremos com a linguagem.
É a mais pura experiência. Inacessível ao ser humano enquanto a experiência passar/for filtrada pela linguagem.
Como os textos vão carregar um pensamento desenvolvido (ou seja, ignorante num sentido de cegar para a simplicidade), mesmo que a forma de escrita às vezes seja culta, as discussões que forem tratadas aqui não devem ser entendidas como iluminações do autor (mas podem ser também).

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Religação Direta

Religião significa "Religar". Religar-se com Deus, com a natureza Divina, com a Luz.

Estava lendo o livro do Huxley, "A Ilha". Esse livro tem me feito pensar. E olha que sou bem fechado a esse negócio de pensar. (rs)
O livro fala da passagem de um jornalista por uma ilha isolada econômico, político e ideologicamente do mundo.
Essa forma de cultura começou quando um homem (o rajá) sábio chegou a essa ilha, há umas três gerações da narrativa, e passou ensinamentos da filosfia e religiosidade oriental.
 Nós passamos a saber desse ensinamento a partir de relatos de se bisneto.

 Em uma das passagens do livro (pg 132-133), o bisneto conta que o rajá ensinou às pessoas "que bebessem a sua religião como 'se bebe o leite ainda quente da vaca'. Com nata, não pasteurizado nem homogeinizado. Acima de tudo, sem ser enlatado, em qualquer espécie de recipienrte tológico ou litúrgico.
 Bom, a forma que eu entendo essa passagem é que se deve viver uma religação direta com o Divino, sem passar pela mão de outros homens, quer dizer, sem fazer uma religação indireta.

 A partir de então, você vai ser o próprio leite e vai beber de si mesmo.

Segue um trecho da música "Cocada", de Rita Ribeiro, no cd Tecnomacumba.

Ai meu Deus se eu pudesse
Eu abria um buraco
Metia os pés dentro criava raiz
Virava coqueiro trepava em mim mesmo
Colhia meus côcos meus frutos feliz
Ralava eles todos com cravo e azeite
E punha no tacho pra fazer cocada
(...)
Depois satisfeito de tanta dentada
(...)
Aí novamente eu abria um buraco
Metia os pés dentro com toda alegria
Virava coqueiro trepava em mim mesmo
Colhia meus côcos fazia tachada
Com cravo e açúcar ficava roxinho
Ficava doidinho pra ser mais cocada

3 comentários:

Unknown disse...

Concordo com a sua interpretação. Religião é o conjunto das relações entre o homem e a divindade. Beber a sua religião como se bebe um leite "puro", filosoficamente, pode ser interpretado como "auto-experimentarmos", à medida que o leite denota o "novo" (a pureza da sua alma), aquilo que nós só podemos experimentar através do conhecimento do "eu profundo", afinal, a religião parte de uma opinião íntima, pessoal, e, por que não dizer, de como você interpreta o seu mundo e as suas vivências. :)**

Unknown disse...

Portanto, rs, não seria uma discordância de sua interpretação o que relatei, e fica com Deus!!! ***

Lili disse...

Puxa! vc levou mesmo adiante essas questões relacionadas a religiosidade né? =)